Este artigo contém spoilers do 6º episódio da 1ª temporada de Euphoria.
Embora tenha começado forte, com ritmo rápido e apostando em Zendaya, Euphoria começa a perder fôlego e começa a se escorar em apenas um núcleo forte e outros vários que já não parecem acrescentar muito à história.
Dessa vez, a introdução fica por conta de McKay, o jovem atleta universitário com uma figura paterna rígida, dominante e por vezes tóxica. Há alguns episódios esses backstories têm se mostrado cada vez mais rasos e sem muito propósito, já que muito pouco se explora do personagem e suas reais dificuldades.
Em seguida temos uma festa em que praticamente todo elenco jovem se reúne e que basicamente quase nada acontece. É claro, há toda uma questão de McKay e sua namorada, Cassie, que o trai com outro que a objetifica também, mas até aí nessa série parece que a história está sendo reciclada. Em alguns momentos se esforça demais para apresentar tantos dramas a todo momento e discutir moralidade que fica repetitivo.
Temos ainda o relacionamento de Jules e Rue, colocado a prova em meio a tantos segredos e a constante tensão relacionada a dependência química e emocional de Rue. Jules sentindo a pressão tanto das chantagens de Nate como de um relacionamento mais sério a fizeram afogar as mágoas na bebida. Rue, descontente e desconfiada sugere que logo poderá ter uma recaída no mundo das drogas.
A série ainda tem uma questão que é Nate. A apresentação, contexto familiar e a seriedade do personagem não só destoam do arco dos outros jovens, como apresenta uma trama muito forte que acaba ofuscando os demais. A postura “Psicopata Americano” oferece suspense e mais tensão do que vários arcos juntos, e isso pode ser um problema para série no momento que se esgotar.
Por fim, Euphoria tem uma boa edição, ritmo interessante e alguns takes que seriam dignos de Instagram, mas vem perdendo força faltando poucos episódios para o final de temporada.
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