Vejo muita gente dizendo que Sense8 é uma série ruim e que foi boa a mudança de uma terceira temporada por um filme especial por parte da Netflix. Tudo bem, opinião é um direito de todos. Gosto é gosto e ponto final. O que muitos não entendem é a representatividade que a série tem. O perfil de pessoas que criticam o fato da série ser representativa para uma parte da população que sempre foi escanteada, é sempre o mesmo: aqueles que sempre tiveram séries, filmes ou animações que os representassem.
Não acho que Sense8 seja uma série fantástica. Na verdade, está longe disso. Mas é uma boa série sim. Principalmente sua primeira temporada, onde todos nos cantamos e choramos juntos. Porém, a existência de Sense8 é tão importante, que sua qualidade quase que fica em segundo plano. Talvez falte empatia, boa percepção, ou talvez seja a própria criação dessas pessoas. Não sei. Mas negar que a série é série extremamente representativa e que muitos tem o direito de estarem decepcionados por isso é ignorância.
Diversidade étnica e sexual precisa virar rotina. Chega de ver um negro dentre dez brancos. Ou de ver uma mulher dentre dez homens. Ou de tratar a homossexualidade como algo estranho. A humanidade não é nem nunca foi assim. Precisamos compreender como é nossa existência e de que representar isso de forma fiel é extremamente importante para o crescimento da cultura pop e da melhora do discernimento dessas pessoas alheias ao que Sense8 representa. Isto não é uma opinião partidária ou uma luta de esquerda vs. direita. É algo que precisa ser melhor entendido e discutido entre todos. Vamos evoluir. Felizmente Sense8 tá chegando aí dia 8 de junho com seu episódio final. Vamos torcer para fazer sucesso para, quem sabe, uma continuação poder vir por aí. 😉
