Cuidado, spoilers.
Mais um episódio preparatório muito pertinente na série. Embora possa ter passado a ideia de que nada aconteceu, o certo é que o episódio foi focado nos personagens e não se pode negar que há um tom de despedida. A ação mesmo ficou por conta de Arya (Joe Dempsie) e Gendry (Joe Dempsie), que foram para debaixo do edredom.
Começamos com Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) sendo julgado por seus atos passados, sendo confrontado por Daenerys (Emilia Clarke) e o fato de ter matado o Rei Louco, o que proporcionou uma poderosa luta de poder entre a Mãe dos Dragões e Sansa Stark (Sophie Turner). Por fim, coube a Brienne (Gwendoline Christie) salvar a pele do Lannister com a ajuda da Lady de Winterfell. Este por sua vez tem um breve momento com o Corvo, que já deixa de lado qualquer ressentimento que poderia existir em prol de algo mais importante, o Rei da Noite e o fato de que possivelmente não haverá um amanhã.
A tensão entre Sansa e Daenerys cresce em um confronto direto que sucedeu até mesmo a um dos poucos momentos leves do episódio, com direito a uma piada por parte de Dany e uma declaração da Lady de que o Norte jurou não se ajoelhar a mais ninguém. Por sorte, as duas são interrompidas antes que a Rainha mande um Dracarys na “cunhada”.
Em uma breve reunião tática, Bran (Isaac Hempstead Wright) finalmente explica a razão pela qual o Rei da Noite tem um alvo certo. O Corvo representa a história de Westeros, portanto deve ser morto.
Tormund Giantsbane (Kristofer Hivju) segue trazendo alívios cômicos certeiros em meio a notícia de que os Caminhantes Brancos estão chegando e que eles têm poucas horas antes de um confronto inevitável. Não podemos deixar de mencionar o momento Joey Tribbiani e o leite, e toda a explicação por trás do nome do adorável selvagem (sim, eu shippo ele com Brienne, me processe).
Em breves momentos a série se lembra de Sir Davos (Liam Cunningham), Gilly (Hannah Murrey), Missandei (Nathalie Emmanuel) e Verme Cinzento (Jacob Anderson) e toda a questão de levar os mais necessitados para se protegerem nas criptas, e que aliás, há muita ênfase na proteção que o local pode oferecer, ou seja, não deve ser nada seguro. Mas ainda é válido o momento em que Davos encontra uma brava menina que remete a Shireen.
É necessário mencionar ainda a instabilidade de Daenerys, que é capaz de perdoar Sir Jorah (Iain Glen, futuro Batman), mas parece punir desproporcionalmente Tyrion (Peter Dinklage), elevando as suspeitas de que a jovem pode seguir o caminho do pai. É o próprio Sir Jorah que a lembra que é possível perdoar e compreender a vantagem de se ter por perto uma mente como a de Tyrion.
Momentos antes da guerra se iniciar vemos Tyrion, Jaime, Brienne e Podrick (Daniel Portman), Davos Seaworth e Tormund Giantsbane se reunirem em frente a lareira e presenciamos dois momentos maravilhosos. Brienne é nomeada Cavaleira por Jaime, em meio a muitas lágrimas, enquanto temos uma grata referência a Senhor dos Anéis: As Duas Torres e Retorno do Rei, na belíssima voz de Podrick, cantando “Jenny’s Song”. Veja sobre as referências neste vídeo.
Também tivemos neste episódio um choque de realidade com Arya e Gendry, nossa menina cresceu. Os últimos representantes da Patrulha da Noite se reunindo e Fantasma.
Por fim, Jon Snow (Kit Harington) finalmente revela à Daenerys toda a verdade por trás de sua história, e a deixa perplexa. Antes que ela possa digerir toda a informação soa o alarme e temos a visão dos Caminhantes Brancos chegando a Winterfell.
Não se pode negar que se tratou da calmaria antes da tempestade. Aquele momento em que relembramos toda a jornada de cada personagem e somos levados a considerar que nem todos conseguirão sobreviver, e isso é Game of Thrones.
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