Em 2019, quando a Netflix lançou o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira tentação de Cristo, gerou uma grande confusão nas redes sociais. Principalmente nos grupos religiosos.
A sátira já traz na sinopse que é “um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”. Mas o aviso não foi suficiente para apaziguar conservadores, que deram partida às críticas quase imediatamente após a estreia do filme.
A sátira se inicia com o aniversário de 30 anos de Jesus, que retorna de um “viagem” de 40 dias no deserto com o intuito de “se encontrar”, como um mochileiro que viaja para o exterior para ter novas experiências. Em seu retorno, Jesus leva um convidado especial para conhecer sua família, mas a festa reserva outras surpresas.
Polêmica
Várias igrejas e religiosos tentaram fazer com que a Netflix retirasse o filme da plataforma, mas sem sucesso. Então, tomando medidas mais drásticas, de acordo com a Veja, o Templo Planeta do Senhor, uma das igrejas envolvidas na polêmica, cobrou R$ 1 bilhão de indenização à Netflix ao Porta dos Fundos, mas o processo chegou ao fim em menos de 6 meses, e as envolvidas se quer chegaram a ser oficialmente notificadas.
A desistência ocorreu porque o processo gerou muitas despesas processuais, obrigando a juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a não conceder o direito da Justiça gratuita. Além disso, a igreja não só não venceu o processo como ainda saiu no prejuízo de R$ 82 mil, fora os honorários dos advogados.
Por fim, o Especial de Natal Porta dos Fundos encontra-se disponível na Netflix para os assinantes, mas a plataforma garantiu que “se limita a disponibilizar os mais diversos temas, assuntos e gêneros para que os usuários optem livremente pelo que desejam assistir, concedendo-lhes total liberdade de escolha.”
Ou seja, está disponível para quem interessar, sendo avisado de que o conteúdo é direcionado ao público adulto e é classificado como comédia, sátira e humor ácido.