Crítica | The Witcher é uma série de fantasia que empolga

The Witcher, nova série original Netflix, não possui a mesma profundidade ou tensão narrativa de Game of Thrones, aliás, por vezes parece até piegas e isso é ótimo. Não é uma obra prima, mas apesar de todos os defeitos a série possui um charme intrigante e que pode perdurar por várias temporadas.

Embora se trate de uma série de fantasia com a temática medieval, o foco narrativo de The Witcher se encontra nos três protagonistas, Geralt de Rivia (Henry Cavill), Ciri (Freya Allan) e Yennefer (Anya Chalotra). Longe de ter a pretensão de contar uma história focada em intriga política, a série com Henry Cavill se preocupa em trazer diversas aventuras de fantasia que se passam em um lugar chamado Continente. Algumas vezes pode esbarrar no piegas, bem no estilo Hércules e Xena, mas sinceramente há anos não conseguia acompanhar uma série de aventura que desse vontade de assistir mais de uma vez.

É claro que tem seus defeitos, por exemplo, a construção da narrativa é um pouco confusa, com muitos reinos e nomes sendo mencionados a todo instante, e traz uma série de diálogos absurdamente expositivos que acabam comprometendo a qualidade da história. É compreensível que os roteiristas tenham se desdobrado para conseguir apresentar elementos essenciais desse universo para o telespectador que não leu os livros ou joga os games, ao final fica claro o porquê de tanta exposição, mas ainda assim chega a ser cansativa a forma como é feita.

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O Geralt de Henry Cavill tem intensidade mas pouca expressão, talvez uma inspiração dos games, e acaba ficando apagado frente as outras protagonistas, Ciri e Yennefer que acabam sendo colocadas em situações que possibilitam a exploração de diversos níveis de atuação e acabam se tornando mais interessantes.

O CGI em alguns momentos peca, mas ainda assim é possível se manter na história e se entreter. O timing cômico às vezes exagera e se perde, em outros momentos não incomoda e às vezes damos risada de algo que não tinha a intenção de ser cômico, mas no fim o que importa é o entretenimento e The Witcher faz isso com algum tipo de encanto que não é possível traduzir aqui, ou talvez seja Henry Cavill na banheira mesmo.

Apesar de todos os defeitos a série traz ótimas cenas de batalha e de luta, que são bem coreografadas e críveis, em especial as cenas com Geralt no primeiro episódio que conseguem mostrar toda a destreza física do personagem e do ator. É possível ver que Cavill investiu e deu o sangue para construir o personagem.

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O fato da série não fugir dos elementos mágicos, como poções, maldições e orelhas pontudas, também é um ponto positivo e traz uma riqueza própria que fãs de contos medievais podem gostar. Percebe-se que há um mundo muito rico que pode ser explorado por várias temporadas já que a primeira é apenas uma introdução.

Por fim, The Witcher tem uma característica própria e não parece se levar a sério demais, mergulhando com vontade no universo fantasioso, o que é ótimo. Confira o vídeo com spoilers.

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