Crítica | O Chamado da Floresta é uma história de lealdade e amadurecimento

O Chamado da Floresta é mais uma das muitas adaptações do livro homônimo de Jack London, lançado em 1903.

Na obra acompanhamos o cachorro Buck, que é furtado e levado de sua confortável casa na Califórnia para trabalhar como puxador de trenó no Alasca durante a Corrida do ouro, no final dos anos 1800. No meio dessa jornada ele aprende diversas lições e ouve o Chamado da Floresta.

O diferencial é que dessa vez a 20th Century Studios decidiu se ater um pouco mais a obra de London, mas para isso acabou tomando a decisão de utilizar computação gráfica para dar vida aos animais, já que se trata de uma aventura um tanto quanto exigente e cujo personagem principal é um cachorro.

O filme dirigido por Chris Sanders consegue trazer a essência da obra original, mas dá uma amenizada em alguns momentos o que a meu ver é positivo, já que não há necessidade alguma de pagarmos para ver cães sendo explorados e maltratados.

O foco da história está no amadurecimento do esperto cão, que sai de uma vida confortável e se depara com uma realidade dura, onde ele terá que enfrentar a ganância do homem e aprender a liderar uma matilha, além de entrar em contato com sua ancestralidade.

O Chamado da Floresta 2

O tom folclórico conversa bem com o ritmo de aventura e aprendizado, além de apresentar paisagens magníficas. Ademais, trata-se da jornada de autoconhecimento de um cachorro que nos leva a questionar nossa própria noção de lealdade e civilidade, além de ser uma carta de amor à natureza.

O uso de CGI pode causar estranheza à primeira vista, mas foi um bom recurso para manter o ponto de vista do Buck, e principalmente, consegue trazer personalidade e carisma além de poupar os animais reais das diversas horas de gravações. Nesse sentido o filme consegue conversar melhor com um novo tipo de público, já que não há como negar que cada vez mais há uma preocupação com a saúde dos animais e seu uso no entretenimento, e o filme mostra como é possível aproveitar a tecnologia para se contar uma boa história.

Harrison Ford e Omar Sy até fazem parte da jornada, sendo que o primeiro inclusive narra a história, mas o brilho é todo do simpático cachorro que com a ajuda do CGI acaba sendo bastante expressivo.

O Chamado da Floresta trata-se de um clássico que soube fazer uso de novas tecnologias para conversar com novos públicos, muito embora seja uma história que trata de um contexto específico de busca de riquezas na região de Yukon.

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