Crítica | Meu Nome é Sara consegue conta uma história comovente em tema saturado

Quando se trata de um filme sobre a Segunda Guerra Mundial, fala sobre a guerra em si já é algo bem saturado, principalmente quando se fala do regime nazista em países que foram conquistados pela a Alemanha, que é abordado nesse filme, mas pouco é abordado nesse filme, em vez de mostrar novamente o que foi o nazismo e fazer o público se espantar com o horror e os atos desumanos dos soldados de Hitler novamente, o diretor Steven Oritt usa esse recurso apenas para ajudar a contextualizar a jornada de Sara (Zuzanna Surowy), uma garota judia tentando se esconder mudando sua identidade no meio desse conflito.

O diretor deixa claro a sua proposta em foca na sobrevivência dela através de seu disfarce, e ele desenvolve bem essa história a partir disso, utilizando o tema da Segunda Guerra só quando necessário.

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Quando o diretor mostra a interferência do nazismo no interior da Ucrânia, ele revela que embora seja um país que foi invadido e conquistado pela Alemanha, os habitantes do lugar não são tratados como iguais, em vez disso eles são explorados, pegando todos os tipos de recursos que os ucranianos cultivam só para satisfazer suas vontades, ou pelo simples fato que eles podiam só por usar uma farda com o símbolo da suástica, não se importando com os prejuízos que eles mesmos causavam, e ainda por cima descontavam neles toda vez que a Alemanha perdia uma batalha, da forma mais cruel e imoral possível, revelando que os judeus não eram os únicos a sofrerem nas mãos dos nazista.

Meu Nome é Sara : Foto

Ao mostrar a vida de Sara trabalhando para uma família simples de camponeses, o roteiro cria situações bem criativas que podem comprometer o seu disfarce, já que ninguém sabe sobre sua verdadeira identidade e de sua linhagem judia, mostrando até uma certa desconfiança de alguns membros dessa família, mas nunca indo além disso, eles só fingem que não sabem do que se trata, acreditando com facilidade em tudo o que Sara conta, mesmo ela aparecendo do nada durante uma guerra cujo a questão da raça pode prejudica-la e daqueles que à ajudam, mesmo assim, eles a aceitam facilmente, mesmo com essas suspeitas.

Meu Nome é Sara : Foto

Várias sub-histórias são criadas para movimentar a história principal, a maioria são bem desenvolvidas, criando algo relevante que se cruza com o caminho da protagonista, mas outras chegam a abordar algo interessante, mas se interrompe antes de ter uma finalidade mais adequada com a situação, uma dessa pequenas histórias que consegue trazer algo intrigante para o filme e a relação entre Sara e o fazendeiro Pavlo (Eryk Lubos), no qual parece que ele insinua segundas intenções toda vez que ele olha para Sara, e quando o diretor desenvolve isso, é mostrado que o personagem que na maioria das vezes é bruto e grosso, não é o que aparenta ser.

A relação entre Sara e a matriarca da família Nadya (Michalina Olszańska) já tem mais atrito por parte de Nadya, notando-se que ela não quer a presença da garota em sua casa, mas sabe que ela é útil para ajudar nas funções domesticas, e mesmo ela não gostando muito da ideia, ela parece que no fundo faz isso para ajudá-la, mesmo Sara causando prejuízos para eles em momentos mais tensos.

O desfecho acontece rápido demais, faltou um pouco mais de conflito na cena, mas em vez disso, o diretor apenas decide finalizar a história sem intrigas, ainda sim, Meu Nome é Sara conta a história verídica sobre mais uma sobrevivente desse terror que foi essa guerra, contada de modo comovente e forte, que mesmo sendo um tema saturado, falar sobre os fatos das crueldades da Segunda Guerra Mundial ainda são desconfortantes e tensas.

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