Crítica | Maligno, não tão maligno assim!

*Por Caroline Lima

Primeiro a boa ou a má notícia? A técnica do sanduíche é bem comum quando se quer falar algo não tão agradável para uma pessoa, então você pode aliviar a informação entre duas positivas. Vou utilizar dessa técnica da psicologia para que a crítica fique mais “interessante”, já que o filme em si não cumpre esse papel.

Maligno
Divulgação

O primeiro ponto a se destacar no longa Maligno é a brilhante atuação de Jackson Robert Scott, intérpretede Miles, já com grandes experiências do gênero terror em seu currículo pelas participações na adaptação cinematográfica do livro “IT – A Coisa” e na terceira temporada da série “Fear The Walking Dead”. O menino é bom, ele convence pelos gestos, pelo olhar. Seu personagem tem personalidades distintas, ora boa ora ruim, e ele sabe alternar com maestria e trazer a tensão que esse gênero pede.

Agora vamos aos fatos! O que esperar de um filme com título traduzido? Daquele que já vem recheado de spoilers? The Prodigy, título original, representa melhor a essência que o diretor Nicholas McCarthy quis transmitir com a obra e não entrega o enredo.

Miles é fruto do casamento de Sarah (Taylor Schilling) e John Blume (Peter Mooney), que têm uma vida de família de comercial de margarina, até que o menino começa a apresentar comportamentos estranhos que podem estar relacionados ao seu alto QI. Mas todos os tipos de ajuda que os pais buscam parecem não dar certo, e é aí que começam as falhas no roteiro e direção, apresentando cenas clichês que vão levar a culpa até uma entidade.

maligno filme

É um filme completo, preenchendo todos os requisitos que thriller da atualidade tem: uma criança com comportamentos estranhos, possivelmente possuída por uma entidade do mal; cachorro dando sinais de que tem algo errado, principalmente de madrugada; um porão escuro e assustador; sons que já entregam o suspense a seguir etc.

Taylor Schilling carrega o filme na maior parte do tempo sozinha e esse foi mais um ponto que não contribuiu para trama e não ajudou na imersão do espectador com a história, na qual os fatos eram óbvios, todos já estavam saturados e sua “coragem” não ajudava.

Se eu disser que é um filme péssimo estarei mentindo, Maligno cumpre seu papel, surpreende em termos de vilão (entidade), mas infelizmente tem uma carência em relação à edição e narrativa.

Confira e depois nos conte o que achou!

 

Ficha técnica:

Nome: The Prodigy (Maligno)

Ano: 2018

País: Estados Unidos

Classificação: 16 anos

Duração: 132 min

Direção: Nicholas McCarthy

Roteiro: Jeff Buhler

Elenco: Taylor Schilling, Jackson Robert Scott, Brittany Allen

O Tem Alguém Assistindo? também está no Google News. Vem saber tudo sobre séries e filmes! Siga-nos!
Deixe seu comentário

Leia também