Love, Death & Robots é provavelmente a melhor produção da história da Netflix. É complicado afirmar isso com tanta certeza, pois, apesar da Netflix ter produzido muita coisa ruim, títulos como House of Cards (primeiras temporadas), Making a Murderer e The Crown são exemplos espetaculares, e a dúvida ainda resiste no final das contas. Mas creio que seja sim, vai!
Para quem não sabe, Love, Death & Robots é uma série de animação com 18 episódios totalmente separados um do outro, ou seja, uma série antológica, dirigida por Tim Miller (Deadpool) e produzida por David Fincher (Clube da Luta).
O foco dela é contar histórias de ficção científica, horror e fantasia sempre com a presença de “amor, morte ou robôs”. Posso afirmar que gostei muito de pelo menos 15 desses episódios, apesar de todos eles terem me agradado. Porém, o primeiro, chamado A Vantagem de Sonnie, foi o que mais me conquistou e despertou o desejo de ver uma série completa desse universo, apesar de vários merecerem também.
A Vantagem de Sonnie conta a história de Sonnie, uma mulher invencível na hora de lutar. A diferença é que no ringue, os lutadores são feras enormes controladas mentalmente pelos seus mestres. Sonnie, que sofreu o pior dos traumas nas mãos dos homens, não perde nunca, e isso está enfurecendo parte importante e rica da sociedade. Aqui irei listar alguns motivos para esse episódio virar uma série completa da Netflix.
1. Cyberpunk
Eu já escrevi bastante nesse site sobre minha fascinação pelo universo cyberpunk. Alta tecnologia e baixa qualidade de vida é a melhor definição para esse subgênero da ficção científica, que sempre trás uma discussão filosófica e moral sobre até que ponto a tecnologia pode fazer parte de nossas vidas em detrimento de perdermos nossa humanidade, empatia e dignidade. Para quem quiser saber mais sobre o cyberpunk, leia meu artigo clicando aqui!
2. Criatividade
Sinceramente, eu nunca imaginei que veria o que vi nesse episódio. Como assim feras em um ringue lutando até a morte, das formas mais brutais possíveis, e controladas mentalmente por humanos?
A primeira vista, parece ser complicado de entender ou de simplesmente se engajar com minha ideia, porém, nos 18 minutos do episódio, tudo fica bem explicadinho. É criativo, nos faz pensar muito e associar com nossa realidade atual, e extremamente brutal. Perfeito!
3. Visual
As animações de Love, Death & Robots são todas ótimas. Uns podem gostar mais dos 3D, outros das animações em 2D, porém, podemos chegar a um consenso de que Tim Miller caprichou!
A Vantagem de Sonnie tem meu estilo preferido de animação: real, aspectos sujos, com muitas luzes e bela. Muito bela! O visual desse episódio surpreende desde o primeiro minuto, e isso aumenta nossa vontade de querer mais e mais.
4. Sonnie
O passado de Sonnie é sombrio. Não vou dar spoilers aqui, vale a pena assistir e descobrir cada detalhe desse episódio. Seu passado, sua lição de vida e quem ela se tornou a transformam em uma personagem profunda e com potencial altíssimo de carregar uma história completa.
Em 18 minutos conseguimos entender quem é Sonnie e o que ela quer da vida. E dá uma vontade de descobrir onde ela vai chegar tão grande…
E aí, será que teremos uma série sobre a vida da Sonnie? Vamos aguardar as novidades de Love, Death & Robots e torcer muito pra Netflix ver essa explícita necessidade.
